Grupo Pró-Ferrovias define metodologia de trabalho
ABPA, Acic, CEC, Facisc, Faesc, Fiesc, Ocesc e Sindicarne lideram o movimento
em Santa Catarina
Para criar uma governança e sistematizar as atividades, o grupo de trabalho Pró-Ferrovias se reuniu nesta semana e formatou o regimento interno para dar sequência ao projeto. O grupo envolve os representantes das entidades ABPA, Acic, CEC, Facisc, Faesc, Fiesc e Ocesc, Sindicarne.
A missão do movimento pró-ferrovias é promover o desenvolvimento logístico sustentável dos estados Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, alinhando e integrando, os interesses da classe empresarial e da sociedade. Os princípios institucionais do grupo de trabalho são a ética, união, consenso, continuidade, engajamento social e suprapartidarismo.
Segundo o presidente da ACIC, que atualmente está como Coordenador do Movimento Pró-Ferrovias, Lenoir Broch, o movimento pró-ferrovias já obteve resultados. A Nova Ferroeste prevê conectar Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A iniciativa tem por objetivo reduzir o Custo Brasil em cerca de 30%. O projeto antevê a ligação de um ramal da Nova Ferroeste de Cascavel (PR) a Chapecó (SC), outro ramal programado é Cascavel a de Maracaju (MS), completando a rota do milho. A construção da ferrovia movimentará insumos e produtos acabados para a indústria e comércio de alimentos e bebidas, móveis, combustíveis e biocombustíveis, madeira e aço, grãos, construção, têxtil, equipamentos elétricos, cerâmico, fármaco, metalomecânico, plástico e outros mais.
“Precisamos trazer novas entidades, toda a classe política e empresarial para que o projeto não fique estagnado. Aproximar o sudoeste do Paraná e o norte gaúcho. Nos próximos dias será contratado o estudo do trecho da ferrovia Chapecó (SC) a Passo Fundo (RS) e vamos nos envolver nesse projeto também. E falando o trajeto Chapecó (SC) a Correia Pinto (SC) já está em fase projeto. Estamos analisando qual é a melhor trajetória desse trecho,” destacou Broch.
Assegurar o transporte de grãos para abastecer a gigantesca agroindústria do oeste de Santa Catarina também é um dos pontos apresentados pela iniciativa.
Broch comenta que não há mais volta no projeto Maracaju (MS) até Cascavel (PR), já está certo o início das obras. “Após o estudo que foi apresentado, visualizamos a viabilidade econômica, técnica e ambiental. Nós já temos players envolvidos no projeto que demonstraram interesse. Para o início de 2024, acreditamos, todas as dúvidas com relação à própria licitação dos projetos e leilão devem ser resolvidas.”
O diretor executivo do Sindicarne/Acav Jorge Luiz de Lima disse que o poder público necessita ser conscientizado sobre os números de cargas, transporte e demandas, visto que ainda há algumas incompreensões sobre a construção dos trajetos ferroviários. O setor privado é o canal para que o projeto seja viabilizado, porquanto a maior demanda vem das agroindústrias receberem matéria prima e escoarem produção. Como da mesma forma, é essencial articulações comerciais com os portos.
19/10 • 16h09