Ferrovias: “Estamos atrasados para começar”, avalia Milvo Zancanaro
A construção de ferrovias é um processo longo e difícil, mas elas são fundamentais para o desenvolvimento. Essa é a avaliação do vice-presidente regional oeste da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), Milvo Zancanaro. “Estamos atrasados para começar. Sabemos das dificuldades para a construção de ferrovias, mas se não começarmos, não terminamos. É importante começar pelo básico, que é o estudo de viabilidade”, enfatiza.
Nesse sentido, Zancanaro reflete que os projetos de Santa Catarina estão sendo bem
encaminhados. São duas propostas. Uma trata-se do ramal ferroviário da Ferroeste entre
Cascavel e Chapecó, cujo estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) foi
patrocinado pela ACIC, CEC, Facisc, Faesc, Fiesc, Ocesc e Sindicarne e ABPA. O Governo do
Paraná lançou a consulta ao edital de leilão da Nova Ferroeste em junho do ano passado e agora
está em fase de liberações ambientais. Outro projeto é do estado de Santa Catarina. O Governo
do Estado licitou estudo de viabilidade e projeto para construção de ferrovia entre Chapecó e
Correia Pinto. O projeto básico tem um prazo de dois anos para ser feito, ou seja, até outubro
de 2024.
Zancanaro enfatiza que os dois projetos são complementares e que as ferrovias são
vitais para o desenvolvimento catarinense. “A Ferroeste tem objetivo de trazer matéria-prima,
ou seja, milho e soja, do Centro Oeste do País para a agroindústria catarinense. A ferrovia de
Chapecó a Correia Pinto precisa, depois, de uma ligação até Navegantes, pois a intenção é
transportar os produtos acabados do Oeste para os portos catarinenses”.
O dirigente empresarial frisa que as entidades envolvidas com o estudo das ferrovias
estão realizando reuniões semanais para acompanhar, sugerir e cobrar celeridade no
andamento dos processos. “Já fomos à Brasília, estamos dialogando constantemente com o
Governo do Estado, nos reunindo com ministros e secretários e cobrando. Mesmo começando
tarde, estamos trabalhando muito e enfatizando a importância dessas ferrovias para a
sobrevivência da nossa agroindústria, que sem melhorar o custo logístico pode acabar saindo
de Santa Catarina”, analisa Zancanaro.
26/06 • 10h14