Empresas devem ficar atentas e aproveitar as oportunidades em 2023
Este ano promete ser menos turbulento e espera-se que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declare o fim do estado de emergência da pandemia de covid-19. Apesar de as empresas vislumbrarem desafios, elas terão também oportunidades e precisam estar preparadas para aproveitá-las. Entre as tendências para 2023, estão a mudança de comportamento dos consumidores, que foi impulsionada pela pandemia. É preciso estar atento aos movimentos do mercado para buscar as melhores oportunidades.
De acordo com o proprietário e consultor da Cervelin e Rosa Administração, Consultoria e
Participações Ltda, Nadir José Cervelin, o empreendedor precisa, de maneira contínua, ficar
atento às mudanças de hábitos de consumo, oferecer processos e produtos alinhados com
exigências gerais do mercado e, especialmente, dos consumidores finais. “O mercado sempre
está voltado à qualidade e preço como regra básica, porém, é importante adicionar os cuidados
com produção limpa e socialmente justa”.
Em um mundo cada vez mais tecnológico, com máquinas e robôs fazendo trabalhos
repetitivos, é necessário também buscar por qualificação. “Esse é um caminho sem volta”, frisa
Cervelin. Há um apagão de colaboradores preparados para atender a demanda em geral do
mercado. Em Chapecó e em Santa Catarina, especialmente, sobram vagas. Em 2022, Santa
Catarina abriu 90,4 mil vagas de trabalho formais na economia. Desse total, foram registradas
56,4 mil no setor de serviços, 17,6 mil no comércio e 15,7 mil na indústria, de acordo com dados
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com o consultor, as empresas precisam dedicar tempo e recursos para melhorar
a qualificação de seus colaboradores, mas não deve ser atributo somente delas. “As pessoas
também precisam estabelecer seus objetivos e buscá-los de diferentes formas disponíveis
gratuitamente ou de acesso facilitado. Precisam querer se desenvolver e tornar-se profissionais
melhores”, enfatiza.
Além de ter pessoas preparadas, acompanhar o mercado e usufruir da tecnologia, Cervelin
salienta a necessidade de estar atento à ESG, ou seja, aos índices ambientais, sociais e de
governança. “Muitos mercados simplesmente não compram de empresas que não respeitam meio
ambiente e suas regras, bem como a preocupação com o lado social de suas comunidades e
pertinentes à sua cadeia produtiva. Isso requer um sistema gerencial que atenda indicadores
estabelecidos pelos próprios clientes que, muitas vezes, são exigências superiores aos
parâmetros legais”, conclui.
23/02 • 08h45